15/11/2015

O Inferno também está nos laboratórios


O teste de Draize foi criado pelos toxicólogos John H. Draize e Jacob M. Spines em 1944. O objectivo é testar a irritabilidade de certas substâncias através da observação dos seus efeitos na pele e nos olhos dos animais, denominados por teste de irritação cutânea e teste de irritação ocular respectivamente. Anestesias não são utilizadas em ambas as experiências.
No teste de irritação cutânea, as substâncias são aplicadas directamente na pele previamente raspada com fita adesiva, sendo puxada várias vezes para arrancar várias camadas até atingir a sensibilidade desejada. Após a aplicação da substância, coloca-se uma protecção para que o animal não mexa na área afectada e aguarda-se por um determinado período de tempo.

No teste de irritação ocular, o produto é directamente administrado nos olhos dos animais, que são colocados em caixas de contenção para que não possam mover-se. Muitas vezes são colocados clipes nas pálpebras para que não possam fechar os olhos: deste modo os animais não conseguem remover a substância dos olhos ou, pelo menos, mitigar o desconforto. Precisamente por não criarem lágrimas, os coelhos são os animais mais utilizados neste tipo de teste.

O teste de Draize pode durar algumas horas, dias ou até mesmo várias semanas. Os animais, para além de serem reduzidos a simples objectos, são sujeitos a uma dor indescritível e, no final das experiências, são mortos para os seus órgãos serem analisados.


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